quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Redação




DICAS PARA ELABORAR UM TEXTO NO PADRÃO OFICIAL

1.                                    Seja conciso.
Redija um texto capaz de transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para isso, é necessário domínio do assunto e atenção na revisão.

2.                                    Seja impessoal.
Evite marcas de impressões pessoais do tipo “na minha opinião”. Lembre-se: é em nome do Serviço Público que você está falando.

3.                                    Esteja atento aos pronomes de tratamento.
Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Por exemplo: embora se refiram à segunda pessoa gramatical, levam a concordância para a terceira pessoa.

4.                                    Evite expressões artificiais.
Respeito e impessoalidade pedem o uso de formas diretas e objetivas. Expressões em desuso como “Venho por meio deste”, "mui respeitosamente", “Tenho a honra de" ou "Cumpre-me informar que" são artificiais e não cabem em textos oficiais.

5.                                    Utilize corretamente os fechos.
Além de arrematar o texto, os fechos dos textos oficiais devem saudar o destinatário. O documento deve levar assinatura e identificação do cargo daquele que as expede.

Há dois fechos diferentes para todas as modalidades do texto oficial:
Respeitosamente, (para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República);
Atenciosamente (para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior) .


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DICAS PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO

DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO!

Para tirar nota dez na redação dissertativa são necessários os seguintes cuidados:

1. Ter uma letra bem legível ( o leitor precisa entender!);

2. Escrever de modo simples: de nada adiantam palavras difíceis ou pouco usadas no cotidiano;

3. Não usar gírias, palavrões e nem figuras de linguagem;

4. Não explique tudo logo na introdução (primeiro parágrafo). Nesta apenas, apenas cite o que vai ser explicado no resto do texto. Portanto, na introdução somente dê umas "pinceladas";

5.Não escreva sem fazer pausas no texto. É preciso colocar pontos no meio dos parágrafos, para que este não fique cansativo ao leitor;

6. Escreva dando a sua opinião sobre o tema, mas jamais se inclua no texto. Assim pronomes como "eu", "nós", "nosso", e verbos na primeira pessoa como "precisamos", por exemplo, são proibidos nas dissertações.

7. Jamais "fale com o leitor". Então não se dirija a ele de forma nenhuma.

8. Para tudo que explicar, dê pelo menos um exemplo de algum fato ocorrido que seja do conhecimento geral;

9. A palavra inicial do último parágrafo pode ser "Portanto", "Sendo assim", "Dessa forma", etc.


10. Não use reticências e nem "etc" em dissertações.

DISSERTAÇÃO


DISSERTAÇÃO
 Certamente você já deu a sua opinião sobre um assunto qualquer. Numa roda de amigos ou até mesmo numa conversa ao telefone, constantemente queremos dizer o que pensamos, expor nossas ideias. Sempre que fazemos isso, estamos fazendo uma dissertação. Então podemos afirmar que DISSERTAR É EXPOR NOSSA OPINIÃO SOBRE DETERMINADO ASSUNTO.

DISSERTAÇÃO ESCRITA
Colocar uma opinião no papel é bem diferente de dizê-la a alguém. Ao escrevermos, não podemos usar alguns recursos que temos na fala como, por exemplo, gírias ( já é, o cara, a mina, bolado ), interjeições ( argh!, putz!). Mas por que isso? Porque quando escrevemos, principalmente em redações, devemos ser mais formais para não atrapalhar o entendimento de quem vai ler. Uma pessoa mais idosa, por exemplo, pode não entender uma expressão como  "já é" e interpretar tudo errado. Não imagine que o leitor entenda tudo que você escreve, portanto seja simples e formal (mas sem exageros) quando escrever uma DISSERTAÇÃO.

PLANEJANDO O TEXTO
Em uma prova, o tempo para escrever é muito curto, portanto, você deve, antes de tudo, planejar a sua redação. A primeira etapa é  identificar o tema.

1- IDENTIFICAÇÃO DO TEMA
Em alguns concursos, a banca fornece o tema através de pequenos textos-guias. Veja o exemplo:

01. (FUVEST - 1997) Redija uma dissertação em prosa, relacionando os três textos a seguir.

Texto 1

Na prova de Redação dos vestibulares, talvez a verdadeira questão seja sempre a mesma:
 "Conseguirei?". Cada candidato aplica-se às reflexões e às frases na difícil tarefa de falar de um tema A proposto, com a preocupação em B - "Conseguirei?" - para convencer o leitor X.

Texto 2

Ao escrever "Lutar sem palavras / é a luta mais vã. / Entanto lutamos / mal rompe a manhã", Carlos Drummond de Andrade já era um poeta maior da nossa língua.

Texto 3

"É difícil defender,
só com palavras, a vida". (João Cabral de Melo Neto)


Neste exercício acima, está claro que o tema é "a dificuldade de se expressar através das palavras". Então, nesse caso , basta escrever  falando sobre cada aspecto citado em cada um dos três textos. Não se pode copiá-los, apenas fale um pouco sobre o que cada texto diz.


TEMA LIVRE
Se o tema da redação for livre, isto é, se você tiver a opção de escolhê-lo, basta pensar algum assunto interessante e depois delimitar o tema.


2- Delimite o tema.

O QUE É "DELIMITAR O TEMA"?


Vamos supor que o tema que você escolheu seja "televisão". O que escrever? Há uma variedade enorme de aspectos: a televisão educativa, a televisão como entretenimento, o poder influenciador da televisão, a história da televisão, a televisão e a família, a televisão brasileira, etc.
Bem você deve ter notado que cada tópico especifica um tema. Então basta escolher UM TEMA APENAS E FALAR SOMENTE DELE, esquecendo os demais.


Exercício

Delimite o tema "MODA".
Resposta: A moda verão.

Observação: veja que ao colocar a palavra verão ao lado de " a moda", eu delimitei o tema , ou seja, eu não vou mais falar sobre o mundo da moda e sim, somente da moda que é usada no verão.

3- Aonde você pretende ir? (O OBJETIVO)

Vamos supor que você tenha planos de viajar no próximo carnaval. As malas já foram arrumadas e você já sabe aonde quer ir. Mas antes de partir é preciso saber por qual caminho você irá, concorda? 
Pois bem, com a redação também é assim. Não adianta apenas se arrumar as malas, ou seja , não adianta apenas delimitar o tema. É preciso definir o que você pretende ao escrever.

Como conseguir o objetivo da redação? Vamos a um exemplo prático:

Tema: Big Brother Brasil

Tópico (tema delimitado): A sexualidade dentro do Big Brother Brasil

Objetivos (o que pretendo): 1-provar que a sexualidade fica muito intensa dentro do reality show;
2-mostrar que o sexo é usado para se aumentar a audiência; 3- Há como ganhar o milhão sem se envolver sexualmente no Big Brother?  4-As mulheres controlam o jogo sexual dentro do Big Brother?

Observe que foram escritos quatro objetivos. Na hora de escrever , você irá escolher apenas um e vai falar somente dele até o final.

4- Começando a arrumar a casa (tema+ tópico frasal+

objetivo)

Vamos continuar usando o tema "Big Brother Brasil, ok?
Vamos, lá. Primeiro , escreva num papel em separado os seguintes campos:

a) Tema: Big Brother Brasil
b) Tópico (tema delimitado): a sexualidade dentro do BBB
c) Objetivo: Mostrar que a sexualidade é utilizada para aumentar a audiência do programa

Bem, agora é preciso arrumar ideias para provar o seu objetivo. Essas ideias são os argumentos. Nessa hora, você deve escrever o máximo de argumentos que puder. É  a famosa TEMPESTADE DE IDEIAS (lembre-se que todas as ideias tem a função de defender o seu objetivo).

d) Tempestade de ideias: A produção do programa inventa jogos e brincadeiras sensuais a todo instante; Há câmeras que filmam casais fazendo sexo; As mulheres usam trajes mínimos e os homens estão quase sempre sem camisa; Nas festinhas, é estimulado o beijo entre mulheres, as câmeras filmam preferem filmar as pessoas em poses e ângulos mais provocantes, o apresentador sempre faz perguntas picantes aos confinados e assim estimula o jogo sexual.


E agora? Escolha três ideias (argumentos). Mas escolha aquelas que você acha mais fáceis de desenvolver. Cada ideia escolhida formará um novo parágrafo de desenvolvimento da redação.
Eu escolhi essas: As câmeras filmam casais fazendo sexo; a produção inventa jogos e brincadeiras sensuais a todo instante; o apresentador sempre faz perguntas picantes que estimulam o jogo sexual.
Essas serão as principais ideias do texto. As outras devem ser descartadas, jogadas fora.

O parágrafo
É um conjunto de um ou  mais períodos (um bom parágrafo deve possuir de dois a quatro períodos) Ah! Você não sabe o que é um período? É simples: é a parte do texto que começa com letra maiúscula e termina no ponto.

Maneiras de começar um parágrafo
O parágrafo pode começar de várias maneiras, mas vamos ensinar, primeiramente , a mais fácil. Assim podemos começar com:

a) uma declaração inicial
Exemplo: Não é possível que não haja vida em outros planetas.

Bem, perceba que houve uma opinião inicial, um posicionamento claro sobre o tema "Vida alienígena" já na primeira frase. Pois bem, agora é hora de escrever frases que "sustentem" esse raciocínio:

frase 1: Antigas civilizações demonstram em pinturas , utensílios e tecnologia que receberam ajuda de seres superiores.
frase 2: Há alusões a seres que vinham do céu até na Bíblia, por exemplo.

Agora vamos juntar essas frases todas e construir nosso parágrafo? Bem, mas antes de fazermos isso, temos que juntá-las com um tipo de "cola-frases" chamado de conectivo. Abaixo , essas "cola-palavras estão em negrito;

Vamos lá , então:

Não é possível que não haja vida em outros planetas, visto que antigas civilizações demonstram em pinturas, utensílios e tecnologia, que receberam ajuda de seres superiores. Além disso, há alusões a seres que "vinham do céu" até mesmo na Bíblia.

Pronto! O nosso primeiro parágrafo está concluído! Viu como é simples?

Agora, treine isso com uma opinião contrária, ou seja, afirmando que não seja possível a vida extraterrestre.


DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA DISSERTAÇÃO!

Para tirar nota dez na redação dissertativa são necessários os seguintes cuidados:
1. Ter uma letra bem legível ( o leitor precisa entender!);
2. Escrever de modo simples: de nada adiantam palavras difíceis ou pouco usadas no cotidiano;
3. Não usar gírias, palavrões e nem figuras de linguagem;
4. Não explique tudo logo na introdução (primeiro parágrafo). Nesta apenas, apenas cite o que vai ser explicado no resto do texto. Portanto, na introdução somente dê umas "pinceladas";
5.Não escreva sem fazer pausas no texto. É preciso colocar pontos no meio dos parágrafos, para que este não fique cansativo ao leitor;
6. Escreva dando a sua opinião sobre o tema, mas jamais se inclua no texto. Assim pronomes como "eu", "nós", "nosso", e verbos na primeira pessoa como "precisamos", por exemplo, são proibidos nas dissertações.
7. Jamais "fale com o leitor". Então não se dirija a ele de forma nenhuma.
8. Para tudo que explicar, dê pelo menos um exemplo de algum fato ocorrido que seja do conhecimento geral;
9. A palavra inicial do último parágrafo pode ser "Portanto", "Sendo assim", "Dessa forma", etc.

10. Não use reticências e nem "etc" em dissertações.

Redação


Como aprender a fazer redação? 

Em primeiro lugar, quero dizer que tudo na vida é aprendizado e prática, ou seja, para fazer uma boa redação , você precisa ler e praticar muito. Mas pode ler qualquer coisa? Sim! você deve ler tudo o que lhe for possível, mas dê preferência a bons jornais e a clássicos da literatura, pois esses veículos costumam usar a língua em sua forma exemplar. Essa foi apenas uma dica inicial. Prepare-se agora para aprender bem mais sobre REDAÇÃO!

 OS TRÊS PILARES DE UM BOM REDATOR

 Para ser bom em redação, você terá que tomar três ações :
 1_ "Estar por dentro" de tudo o que acontece na sociedade. Para isso, leia, como já foi dito, bons jornais(O Globo, Folha de São Paulo, etc.), assista aos telejornais mais importantes e leia também boas revistas (Veja, Época, Isto é, etc.). Ler clássicos como os de Machado de Assis, por exemplo, também é fundamental, principalmente para quem deseja aprender NARRAÇÃO. Dessa forma, você aumentará o seu CONHECIMENTO DE MUNDO, o que te dará CONTEÚDO na hora de escrever. Sacou?

 2- Tenha consigo boas gramáticas. O ideal é ter uma bem aprofundada (a de Evanilo Bechara é um bom exemplo) e outra mais didática ( pode ser a do Pasquale ou a do Ernani Terra). Mas não adianta ter e não ler. Por isso, consulte, faça exercícios e pesquise muito nesses livros. Dê atenção especial às conjunções, aos pronomes, às orações (coordenadas e subordinadas), à análise sintática e à pontuação. Estar sempre exercitandoquestões de gramática fará com que você APRENDA A ESCREVER SEM ERROS!

 3- A terceira ação, na verdade, é um resultado das anteriores. Ao ler diversos tipos de textos e treinar bem a gramática, você saberá que para cada tipo de leitor ou público existe uma forma adequada de se expressar, de escrever. Por exemplo, um discurso de um advogado para um juiz é muito mais formal do que o de um locutor narrando um jogo. Por outro lado, um e-mail enviado a um amigo será muito mais informal do que aquele enviado aodiretor da empresa. Portanto, em uma redação, é importantíssimo ESCREVER PALAVRAS ADEQUADAS! Percebeu a jogada? Nas outras páginas, nós falamos sobre os três gêneros textuais : A DESCRIÇÃO, A NARRAÇÃO E A DISSERTAÇÃO e também sobre uma as partes que compõe toda redação: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vá ao lado e clique em uma delas! Não espere mais para aprender!


domingo, 23 de junho de 2013

TIRA DÚVIDAS...

A OU HÁ?

A - preposição, indica fato futuro:Partiremos daqui a duas horas.

Há - do verbo haver, é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido
Tudo aconteceu há vinte anos.

À MEDIDA QUE OU NA MEDIDA EM QUE?

À medida que - indica proporção, desenvolvimento simultâneo e gradual, equivale " à proporção que".

O crime foi solucionado à medida que as investigações avançaram.

A medida que o tempo passa, os costumes mudam.

Na medida em que - indica uma causa, equivale a "porque", "uma vez que":

O fornecimento de luz foi interrompido na medida em que os pagamentos não vinham sendo efetuados.

A expressão à medida que equivale a na medida em que. Ambas são corretas

A PAR OU AO PAR?

A par - sentido de "bem informado", "ciente":
Você precisa se manter a par de tudo o que acontece.

Ao par - expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros:
As moedas fortes mantêm o câmbio ao par.

AO ENCONTRO DE OU DE ENCONTRO A?

Ao encontro de - indica "ser favorável a", "aproximar-se de":

Sua opinião veio ao encontro da minha.

Quando o vi, fui ao seu encontro.

De encontro a - indica "oposição", "colisão":
Sua opinião sempre veio de encontro à minha.

O caminhão foi de encontro ao poste.

A CERCA DE OU HÁ CERCA DE?

Acerca de - significa "sobre", "a respeito de":

Haverá uma exposição acerca das obras já entregues.

Há cerca de - indica um período aproximado de tempo já transcorrido:

O Brasil foi descoberto há cerca de quinhentos anos.

AFIM OU A FIM?

Afim - adjetivo que significa "igual", "semelhante". Relaciona com a ideia de "afinidade":

São pessoas afins.

A fim - significa "para" indica ideia de finalidade:

Ela tentou fingir ser rica a fim de nos enganar.

EM NÍVEL OU A NÍVEL DE?

Em nível - só pode ser usado em situações em que existam "níveis":

Este problema só pode ser resolvido em nível de diretoria.

A nível de - não existe. Foi um modismo criado nos últimos anos.

Devemos evitá-lo:"A nível de relatório, o trabalho está muito bom.
"O certo é: "Quanto ao relatório... ou Com referência ao relatório..."

MAS OU MAIS?

Embora parecidas na pronúncia, em várias partes do Brasil, trata-se na verdade de palavras diferentes.

Mas - conjunção adversativa, equivalente a "porém", "contudo", "entretanto":

O Brasil passa por melhorias, mas não consegue se desenvolver.

Mais - pronome ou advérbio de intensidade:

Ela é uma das mulheres mais bonitas do país.

MAU OU MAL?

Mau - adjetivo, significa ruim, de má índole ou má qualidade. Opõe-se a bom.

Aquela menina tem um coração mau.

Mal - pode ser conjunção (indicando tempo), advérbio (opõe-se a bem) ou substantivo (significando doença):

O time jogou mal, mas conseguiu recuperar no final da partida.

ONDE OU AONDE?

Onde - indica o lugar em que está ou acontece algum fato:

Onde você está?

Onde vai ficar nas suas férias?

Aonde - indica movimento ou aproximação:

Aonde você vai? Aonde devo passar para chegar no bairro ao lado?

DEMAIS OU DE MAIS?

Demais - pode ser advérbio de intensidade, com sentido de "muito", pode aparecer intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios. Também pode ser pronome indefinido, equivalente a "os outros":

Estamos bem até demais.Os demais membros do clube.

De mais - oposto de "de menos". Refere-se a um substantivo ou pronome:

Não vi nada de mais em sua atitude.

SENÃO OU SE NÃO?

Senão - equivale a "caso contrário" ou "a não ser":
Preciso que ela chegue a tempo, senão será cancelada a reunião.

Se não - aparece em orações condicionais, equivale a "caso não":
Se não houver competência, não ganharemos as eleições.

TAMPOUCO OU TÃO POUCO?

Já não se enforcavam ladrões, tampouco os falsários.
Era tão pouco o que ofereciam para comer.

TAMPOUCO significa também não (advérbio).

TÃO POUCO significa muito pouco (advérbio).



 

Paródia Musical das Orações Coordenadas

domingo, 16 de junho de 2013

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER, Luís de Camões - Soares Teixeira

Retrato de Cecília Meireles - por Paulo Autran - HD

Soneto da Fidelidade por Paulo Autran - HD

A Morte Do Leiteiro

Tema para redação


Terrorismo: o Brasil tem razões para temê-lo?

Neste mês de junho, o Brasil vai receber a Copa das Confederações, um importante torneio esportivo internacional. O evento está sendo visto como um ?treino? para dois outros acontecimentos de destaque do esporte mundial, que também serão sediados pelo país: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. A exemplo da Maratona de Boston, eventos desse tipo são considerados alvos privilegiados para organizações terroristas, num contexto internacional em que o terrorismo é uma ameaça sempre presente, com ações que visam chamar a atenção do maior número de pessoas para uma causa, por meio de atentados que provoquem impacto pela sua violência. Assim, jornalistas, autoridades e especialistas em segurança têm discutido se o Brasil está preparado para prevenir e enfrentar uma eventual ação terrorista, como se pode ver pelos textos abaixo. Leia-os, reflita e responda, por meio de uma dissertação, qual é a sua opinião sobre o assunto. Há razões para temor ou tranquilidade? Por quê?

Redação


Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?

Toda vez que um crime cometido por um menor de idade ganha evidência na mídia, cria-se uma comoção nacional e a polêmica envolvendo a maioridade penal vem à tona. Isso ocorreu recentemente, após um jovem prestes a completar 18 anos ter assassinado um universitário por causa de um celular, no início de abril, em São Paulo. Pesquisa Datafolha, uma semana depois do fato, revelou que 93% dos paulistanos eram favoráveis à redução da maioridade penal, uma vez que, no Brasil, os menores de 18 anos não respondem criminalmente por seus atos. Dezesseis anos é a idade mais cogitada para marcar esse limite. A principal alegação apresentada na defesa dessa mudança é o precoce amadurecimento do jovem, que hoje tem fácil acesso a informações e discernimento suficiente inclusive para votar. No entanto, os opositores dessa mudança alegam que outros casos surgirão com jovens (ou até crianças) com idades inferiores a essa, uma vez que as causas do problema não estariam sendo combatidas. Queremos saber qual é a sua opinião sobre esse assunto. Deve-se alterar a maioridade penal no Brasil?



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Conto de Fernando Sabino


“O Homem Nu”, conto de Fernando Sabino

20/04/2013

Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares… Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo… Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido… Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: “Emergência: parar”. Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu…
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Fernando Sabino
Fernando Tavares Sabino (Belo Horizonte, 12 de outubro de 1923 — Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2004) foi um escritor e jornalista brasileiro.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritor quando Fernando Sabino contava apenas quatorze anos.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro), vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: “Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!”
Pessoal, as Provas Unificadas começam dia 22 de abril. Estudem!!!! Aproveitem o final de semana .

quinta-feira, 21 de março de 2013

Game da Reforma Ortográfica

 

Acessem o site (clicando sobre a figura) e joguem o game que lhes ajudará a conhecer as novas regras de ortografia da Língua Portuguesa!
Bom Jogo!