quinta-feira, 30 de junho de 2011

REDAÇÃO

A ANÃ PRÉ-FABRICADA E SEU PAI, O AMBICIOSO MARRETADOR

Era uma vez uma anã pré-fabricada. Tinha cinquenta centímetros de altura. Os pais eram pessoas normais. A anã era anã porque desde pequena o pai batia com a marreta na cabeça dela. Ele batia, e dizia: "Diminua, filhinha". O sonho do pai era ter uma filha que trabalhasse no circo. E se ele conseguisse uma anã, o circo aceitaria.
Assim, a menina não cresceu. Tinha as pernas tortas, a cabeça plana como mesa, os olhos esbugalhados. Um globo, com as marretadas, chegara a sair. E deste modo o olho andava dependurado pelos nervos. Com o olho caído, a menina enxergava o chão - e enxergava bem. Por isso, nunca deu topadas.
A menina diminuiu, entrou para a escola, se diplomou. E o pai esperando que o circo viesse para a cidade. A anã teve poucos namorados na sua vida. Os moços da cidade não gostavam de sua cabeça plana como mesa. Um dos namorados foi um mudo; o outro, um cego.
Com o passar do tempo, o pai ia ensinando à filha anã os truques do circo: andar na corda bamba, atirar facas, equilibrar pratos na ponta de varas, equilibrar bolas, andar sobre roletes, fazer exercícios na barra, pular através de um arco de fogo, cair ao chão (fazendo graça) sem se machucar, ficar de pé no dorso de cavalos.
De vez em quando, o pai emprestava a filha ao padre, por causa da quermesse. Ela substituía o coelho nos jogos de sorteio. Havia uma porção de casinhas dispostas em círculo. Cada casinha tinha um número. A um sinal do quermesseiro, a menina corria e entrava na casinha. Quem tivesse aquele número ganhava a prenda. A anã não gostava da quermesse porque se cansava muito e também porque no dia seguinte ficava triste, com o pessoal que tinha perdido. Eles a seguiam pela rua, gritando: "Aí, baixinha,..., por que não entrou no meu número?".
Um dia, o circo chegou à cidade, com lona colorida, um elefante inteirinho rosa, uma onça pintada, palhaços, cartazes e uma trapezista gorda que vivia caindo na rede. O pai mandou fazer para a anã um vestido de cetim vermelho, com cinto verde. Comprou um sapato preto e meias três-quartos. Levou a filha ao circo. Ela mostrou tudo o que sabia, mas o diretor disse que faziam aquilo: andavam no arame, na corda bamba, equilibravam coisas, pulavam através de arcos de fogo, andavam no dorso de cavalos. Só havia uma vaga, mas esta ele não queria dar para a menina, porque estava achando a anã muito bonitinha. Mas o pai insistiu e a anã também. Ela estava cansada da vida da cidadezinha, onde o povo só via televisão o tempo inteiro. E o dono do circo disse que o lugar era dela: a anã seria comida pelo leão, porque andava uma falta de carne tremenda. E, assim, no dia seguinte, às seis horas, a menina tomou banho, passou perfume Royal Briar, jantou, colocou seu vestido vermelho, de cinto verde, uma rosa na cabeça e partiu contente para o emprego.

(Ignácio de Loyola Brandão)

PRODUÇÃO DE TEXTO

Releia o final do conto. Afirma-se, com todas as letras, que a anã foi, de fato, devorada pelo leão? Não, o que se diz foi que a anã partiu contente para o emprego. A proposta é que você escreva o final desse conto decidindo qual foi o destino da anã. Considerem, para isso, o perfil da anã e todas as analogias feitas.


OBS: Seu texto deve ter no mínimo 15 linhas.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Interpretação de texto _ 2ª Fase


DESAPARECIMENTO DOS ANIMAIS

Tente imaginar esta cena: homens, animais e florestas convivendo em harmonia. Os homens retiram das plantas apenas os frutos necessários e cuidam para que elas continuem frutificando; não matam
animais sem motivo, não sujam as águas de seus rios e não enchem   de 5 fumaça seu ar. Em outras palavras: as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as influências que  uns exercem sobre os outros, estão em equilíbrio. (...)
Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das   florestas,    mas    também evitar  uma  de suas piores 10 conseqüências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies de animais. Apesar de nossa fauna ser muito variada, a lista oficial das espécies que estão desaparecendo já chega a 86 (dentre elas, a anta, a onça, o mico-leão, a ema e o papagaio).
E a extinção desses animais acabará provocando o 15 desequilíbrio do meio ambiente, pois o desaparecimento de um deles faz sempre com que aumente a população de outros. Por exemplo: o
aumento do número de piranhas nos rios brasileiros é conseqüência do extermínio de seus três inimigos naturais - o dourado, a ariranha e o jacaré. (Nosso Brasil, 1979)





QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1) Falando dos perigos que o desaparecimento dos  animais provoca em
nosso ambiente, o autor apela para:
a) a sedução do leitor, mostrando as belezas do mundo natural.
b) a intimidação do leitor, indicando os males que daí advêm.
c) a provocação do leitor, desafiando-o a mudar seu comportamento.
d) o constrangimento do leitor, deixando-o envergonhado por suas atitudes.
e) a tentação do leitor, prometendo-lhe uma recompensa por seus atos.



2) A relação entre a morte do dourado e a piranha é a de:
a) causa / conseqüência
b) efeito / causa
c) agente / paciente
d) fato / agente
e) motivação / ação



3) O risco a que se refere o autor do texto com o último período do texto é:
a) a extinção dos jacarés, ariranhas e dourados
b) o excesso de piranhas nos rios brasileiros
c) a mortandade de outros peixes provocada pelas piranhas
d) a desarmonia populacional das espécies animais
e) a falta de alimento para o povo brasileiro



4) “Nossa preocupação (de brasileiros)...”; o que vai entre parênteses, nesse caso, é:
a) a retificação de uma ambigüidade
b) a explicação de um termo anterior
c) a particularização de um significado
d) a inclusão de uma idéia já explícita
e) um comentário para o leitor



5) O que o primeiro parágrafo tenta defender é:
a) o equilíbrio ecológico
b) a extinção dos animais
c) a despoluição ambiental
d) o reflorestamento
e) a proteção dos rios e oceanos



6) No final do primeiro parágrafo aparecem dois parênteses com pontos; isso significa que:
a) o autor deixou de dizer outras coisas importantes.
b) o texto deixou de reproduzir uma parte do texto original.
c) parte do original do texto esta ilegível.
d) nesse espaço havia uma ilustração que foi omitida.
e) havia originalmente trechos em outras línguas.



7) “Os homens retiram das plantas apenas os frutos necessários...”; esta parte da cena proposta pelo autor defende que:
a) não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
b) Deus provera o dia de amanhã.
c) se souber usar não vai faltar.
d) a ciência prevê para poder prover.
e) quem espera sempre alcança.



8) O item em que o elemento sublinhado tem um vocábulo correspondente indicado de forma adequada é:
a) “...convivendo em harmonia.” - harmoniosas
b) “...não matam animais sem motivo,...” - impensadamente
c) “...influências que uns exercem sobre os outros...” - recíprocas
d) “...estão em equilíbrio.” - equilibradamente
e) “...controlar a exploração das florestas...” – ecológica



9) “...homens, animais, florestas e oceanos convivendo em harmonia.”; na continuidade do texto, o autor mostra que:
a) esqueceu-se de referir-se aos rios.
b) o homem é o agente desequilibrador da natureza.
c) os animais não matam seus semelhantes sem motivo.
d) a poluição do ar também tem causas naturais.
e) os seres vivos vivem em equilíbrio no mundo atual.



10) O autor propõe ao leitor que imagine uma cena para que ela funcione como:
a) um ideal a ser alcançado.
b) uma fantasia que nunca se realizará
c) um objetivo a que se deve dar as costas.
d) uma finalidade dos grupos religiosos.
e) uma mensagem de fraternidade cristã.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Interpretação de texto "Inseto na redação do jornal"

                                                                                                                          
        Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
        Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
        Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida, Rio Branco, esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele, uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
         Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.  
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89




1- A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.

2- Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
e) afeição

3 - Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem
a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.
e) não lhe deu muita importância.

5 - O homem interessou-se pelo inseto porque
a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.
e) era um inseto perigoso e contagioso.

5- A mudança na rotina do homem deu-se
a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
e) devido ao cansaço do dia.

4 - Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
e) afeição

5 - A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Redação 1º ANO F e G = CONTO

A ANÃ PRÉ-FABRICADA E SEU PAI, O AMBICIOSO MARRETADOR

Era uma vez uma anã pré-fabricada. Tinha cinquenta centímetros de altura. Os pais eram pessoas normais. A anã era anã porque desde pequena o pai batia com a marreta na cabeça dela. Ele batia, e dizia: "Diminua, filhinha". O sonho do pai era ter uma filha que trabalhasse no circo. E se ele conseguisse uma anã, o circo aceitaria.
Assim, a menina não cresceu. Tinha as pernas tortas, a cabeça plana como mesa, os olhos esbugalhados. Um globo, com as marretadas, chegara a sair. E deste modo o olho andava dependurado pelos nervos. Com o olho caído, a menina enxergava o chão - e enxergava bem. Por isso, nunca deu topadas.
A menina diminuiu, entrou para a escola, se diplomou. E o pai esperando que o circo viesse para a cidade. A anã teve poucos namorados na sua vida. Os moços da cidade não gostavam de sua cabeça plana como mesa. Um dos namorados foi um mudo; o outro, um cego.
Com o passar do tempo, o pai ia ensinando à filha anã os truques do circo: andar na corda bamba, atirar facas, equilibrar pratos na ponta de varas, equilibrar bolas, andar sobre roletes, fazer exercícios na barra, pular através de um arco de fogo, cair ao chão (fazendo graça) sem se machucar, ficar de pé no dorso de cavalos.
De vez em quando, o pai emprestava a filha ao padre, por causa da quermesse. Ela substituía o coelho nos jogos de sorteio. Havia uma porção de casinhas dispostas em círculo. Cada casinha tinha um número. A um sinal do quermesseiro, a menina corria e entrava na casinha. Quem tivesse aquele número ganhava a prenda. A anã não gostava da quermesse porque se cansava muito e também porque no dia seguinte ficava triste, com o pessoal que tinha perdido. Eles a seguiam pela rua, gritando: "Aí, baixinha,..., por que não entrou no meu número?".
Um dia, o circo chegou à cidade, com lona colorida, um elefante inteirinho rosa, uma onça pintada, palhaços, cartazes e uma trapezista gorda que vivia caindo na rede. O pai mandou fazer para a anã um vestido de cetim vermelho, com cinto verde. Comprou um sapato preto e meias três-quartos. Levou a filha ao circo. Ela mostrou tudo o que sabia, mas o diretor disse que faziam aquilo: andavam no arame, na corda bamba, equilibravam coisas, pulavam através de arcos de fogo, andavam no dorso de cavalos. Só havia uma vaga, mas esta ele não queria dar para a menina, porque estava achando a anã muito bonitinha. Mas o pai insistiu e a anã também. Ela estava cansada da vida da cidadezinha, onde o povo só via televisão o tempo inteiro. E o dono do circo disse que o lugar era dela: a anã seria comida pelo leão, porque andava uma falta de carne tremenda. E, assim, no dia seguinte, às seis horas, a menina tomou banho, passou perfume Royal Briar, jantou, colocou seu vestido vermelho, de cinto verde, uma rosa na cabeça e partiu contente para o emprego.

(Ignácio de Loyola Brandão)

PRODUÇÃO DE TEXTO

Releia o final do conto. Afirma-se, com todas as letras, que a anã foi, de fato, devorada pelo leão? Não, o que se diz foi que a anã partiu contente para o emprego. A proposta é que você escreva o final desse conto decidindo qual foi o destino da anã. Considerem, para isso, o perfil da anã e todas as analogias feitas.


OBS: Seu texto deve ter no mínimo 15 linhas.

1º ANO F e G Redação:

O trabalho infantil anula o verdadeiro sentido da infância

Segundo dados “ O trabalho infantil anula o verdadeiro sentido da infância”do IBGE, 40% das crianças brasileiras entre 0 e 14 anos vivem em condições miseráveis, ou seja, a renda mensal familiar não passa de metade do salário mínimo. Uma em cada seis ingressa no mercado de trabalho antes de completar 15 anos. Dos 15 aos 17, quando, deveria estar na escola.As notícias sobre trabalho infantil têm trazido à discussão a forma como nosso país investe no futuro.

A partir dessa discussão, redija um texto argumentativo capaz de sustentar seu ponto de vista acerca de seguinte afirmação: “ O trabalho infantil anula o verdadeiro sentido da infância”



OBS: Seu texto deve ter no mínimo 20 linhas.
Procure estruturá-lo em introdução, desenvolvimento e conclusão, a norma padrão da língua.
Dê um título a sua redação, que deverá ser apresentada a tinta azul ou preta.
Boa Sorte
!     

sábado, 25 de junho de 2011


Entrar...ou não entrar?

OLHAR,
ABRIR,
ENTRAR!
NELa, MUITAS PORTAS.
OU NÃO ENTRAR? 
A VIDA É ASSIM...
  “SE VOCÊ ABRE UMA PORTA, VOCÊ PODE OU NÃO ENTRAR EM UMA NOVA SALA. VOCÊ PODE NÃO ENTRAR E FICAR OBSERVANDO A VIDA. MAS SE VOCÊ VENCE A DÚVIDA, O TEMOR, E ENTRA, DÁ UM GRANDE PASSO: NESTA SALA VIVE-SE! MAS, TAMBÉM, TEM UM PREÇO... SÃO INÚMERAS OUTRAS PORTAS QUE VOCÊ DESCOBRE. ÀS VEZES CURTEM-SE MIL E UMA. O GRANDE SEGREDO É SABER QUANDO E QUAL PORTA DEVE SER ABERTA. A VIDA NÃO É RIGOROSA, ELA PROPICIA ERROS E ACERTOS. OS ERROS PODEM SER TRANSFORMADOS EM ACERTOS QUANDO COM ELES SE APRENDE. NÃO EXISTE A SEGURANÇA DO ACERTO ETERNO. A VIDA É GENEROSA, A CADA SALA QUE SE VIVE, DESCOBRE-SE TANTAS OUTRAS PORTAS. E A VIDA ENRIQUECE QUEM SE ARRISCA A ABRIR NOVAS PORTAS. ELA PRIVILEGIA QUEM DESCOBRE SEUS SEGREDOS E GENEROSAMENTE OFERECE AFORTUNADAS PORTAS. MAS A VIDA TAMBÉM PODE SER DURA E SEVERA. SE VOCÊ NÃO ULTRAPASSAR A PORTA, TERÁ SEMPRE A MESMA PORTA PELA FRENTE. É A REPETIÇÃO PERANTE A CRIAÇÃO, É A MONOTONIA MONOCROMÁTICA PERANTE A MULTIPLICIDADE DAS CORES, É A ESTAGNAÇÃO DA VIDA... PARA A VIDA, AS PORTAS NÃO SÃO OBSTÁCULOS, MAS DIFERENTES PASSAGENS!
AUTOR: IÇAMI TIBA

sábado, 4 de junho de 2011

A ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

                                                                                        MANUEL DE BARROS

Dicas de interpretação de textos


9 º  ano

01. Ler todo o texto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação.
Vamos aos exercícios então.

Marque em uma folha o número da questão e a alternativa escolhida como resposta correta e entregue para professora.

TEXTO I

Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos, que deverão ser aproveitados como consultores, a aposentadoria chegará a médio prazo. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)


1) Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem pronto...”, 
teremos, como seqüência coesa e coerente:
a) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
b) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
c) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
e) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.


2) Segundo o texto:
a) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo.
b) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos.
c) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo.
d) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos.
e) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.


3) A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se:
a) precipitada
b) cautelosa
c) previdente
d) rígida
e) inflexível


4) Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar:
a) ocupa, no momento, a superintendência.
b) é um dos conselheiros.
c) será substituído por um dos 200 aspirantes.
d) está se afastando dos negócios da empresa.
e) será o primeiro dos 20 grandes executivos a se aposentar. 


5) Sobre a Andrade Gutierrez, não é correto afirmar:
a) é empresa de obras.
b) é do estado de Minas Gerais.
c) preocupa-se com seus funcionários.
d) mantém-se alheia a qualquer tipo de renovação.
e) procura manter vínculo com executivos aposentados.  


TEXTO II

Toda saudade  é  a  presença  da  ausência de alguém, de algum lugar, de algo enfim. Súbito  o  não  toma  forma   de   sim como se a escuridão se pusesse a luzir. Da própria ausência de luz o clarão se produz o sol na solidão. Toda saudade é um capuz transparente que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver porque se deixou pra trás, mas que se guardou no coração. (Gilberto Gil) 

6) Por “presença da ausência” pode-se entender:
a) ausência difícil
b) ausência amarga
c) ausência sentida
d) ausência indiferente
e) ausência enriquecedora
6) Para o autor, a saudade é algo:
a) que leva ao desespero.
b) que só se suporta com fé.
c) que ninguém deseja.
d) que transmite coisas boas.
e) que ilude as pessoas. 


7) O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade antitética é:
a) presença  / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz  / clarão
d) sol / solidão
e) que veda  / traz a visão  


8) Segundo o texto:
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas.
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas.
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins.
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que vivemos.
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em nosso passado.


9) O que se guarda no coração é:
a) a saudade
b) o clarão
c) o que se deixou para traz
d) a visão
e) o que não se pode ver